Vaguei-o por entre sombras e nevoeiros.
Sinto-me perdida de tudo e de todos.
Procuro a tua mão, mão essa que me encaminhará para o meu verdadeiro caminho. Mas algo acontece. Tu partiste em outra direcção e nao me levaste contigo.
Cada dia que passa estas mais distante, mas fria, mas longe de mim. Não sei quem se afastou de quem, não sei quem teve culpa desta vez...1 só sei, que não há um só dia que passe, que uma lágrima minha não corra face a baixo ate morrer nos meus lábios.
Como é possível? Como é possível estar quase a fazer um ano, que entraste na minha vida, e já tanta coisa aconteceu. “Já vivemos mil anos” e eu só te peço para te encostares a mim, e deixares que eu te proteja de todas as coisas mas que te acontecem. Mas não sou capaz, tudo é mais forte que eu e eu, eu já não tenho a força que tinha no inicio, já não sei onde ir mais fundo buscar forças para te manter presa a mim. Hoje, hoje recordo tudo com saudade, saudade ate do que não vivi.
Já não adianta dizer tudo isto, já não adianta eu escrever cartas de amor, já não adianta viver mais um dia. Tudo sem ti é triste e frio.
Mas, a escrita será a minha lavagem de alma, a minha cura para as feridas que tanto custao a sarar.
A ti, meu amor, a ti vou escrever sempre cartas de amor, ou de tristeza, mesmo que nunca mas respondas, mesmo que nunca as leias.
Por ti meu amor, por ti vou saber manter-me viva para que um dia, possa passar na rua e dizer: ali vai a mulher que mais amei na vida.